Não sou dado a superstições, seja em qual nível, do plano maior estrategicamente elaborado por algum núcleo consciente ou detalhes cabalísticos. Então pouparei aquela retrospectiva que pesa com um olhar distante os maus bocados que esse ano bizarro proporcionou como se fosse dono de um senso de humor corrosivo.
Não foi dos piores se levar em consideração o progresso que tive na última década, e que justamente dez anos atrás vivi a minha era das trevas (e não falo isso somente pelos inúmeros cortes de luz).
Porém, esse ano ainda foi muito treze, amargo quando imaginava degustar mel, doce demais quando necessitava de uma reclusão.
Gostaria de pregar alguma mensagem, como se pudesse tirar alguma lição nisso tudo, mas não vejo uma lógica sensata na ordem das ações. Tudo parece uma névoa destoante de um caos inocente. E muita coisa pode acontecer de hoje até as 23:59:59 de amanhã, excetuando teorias da conspiração e cenários apocalípticos, mas ainda assim a mesa pode virar nesse espaço de tempo.
No mínimo resta aguardar com muita esperança o próximo ano.
Ma’a salama!