Meu Início na Literatura?

Numa segunda de junho de 1999. Lembro como se fosse ontem. Estava de férias da escola e naquela noite fui dormir na casa de minha avó. Restavam duas semanas antes de iniciar o período letivo e havia ganhado um caderno de capa dura vermelha com cem folhas. Após o delicioso jantar da Dona Hermínia fui até a varanda pensar no que faria para aproveitar os dias restantes.
Peguei o caderno para definir uma lista. Não me veio idéia alguma. Estava pensando em como aquele mundo era monótono e previsível. Então imaginei um mundo diferente do real. Decidi escrever uma história de uma página, apenas para passar o tempo.
Pensei em uma realidade surreal. Batizei de Mundo Irreal. Sim, não fui muito criativo, mas naquela época não conhecia nomes como Terra-Média, Nárnia, Hogwarts e outros que aumentaram exponencialmente sua popularidade no cinema nos anos seguintes, para que me inspirasse em criar um que tivesse maior impacto.
Eu criei um mundo fantástico. Seria o meu refúgio ler aquelas linhas. Então comecei a criar todo um conceito sobre o que seria o Mundo Irreal. Devia ficar claro na história a percepção da diferença dos dois mundos, então alguém do mundo real devia ir para lá.
Os primeiros personagens ganharam vida, o principal fora batizado com um nome não muito popular: Lécio. Não sei a razão por ter escolhido esse nome, mas enfim, tarde demais para alterações.
Imaginei como as pessoas daqui iriam para lá. Teria que ser por um portal, sim, mas não devia estar exposto. Também não quis escondê-lo em uma gruta ou caverna. E num devaneio sarcástico decidi que os portais surgiriam sem prévio aviso a cada cem anos para abduzir os visitantes em poucos segundos e jogá-los em uma nova realidade.
Lécio foi sugado juntamente com duas amigas, Paula e Mariana que o acompanhavam em passeio no Museu do Ipiranga para uma pesquisa escolar.
E assim o enredo foi evoluindo. Rendeu bem mais do que uma página, na verdade, a história completa se transformou em uma trilogia finalizada em meados de agosto de 2001.
A partir daí escrevi outros textos. Muitos inúteis e estranhos. Grande parte não sobreviveu ao delete furioso. Outros estão engavetados, longe de qualquer olhar curioso.
Em 2007 escrevi Mil Lances de Fogo que veio a ser publicado no final do ano seguinte pela Editora Novo Século na Coleção Novos Talentos da Literatura Brasileira.
Há um projeto em análise, enviei o original em janeiro deste ano para a mesma editora que me estreou.
Não pretendo parar tão cedo.
Tenho muitas idéias e seria injusto não compartilhá-las com vocês, meus queridos leitores. E enquanto o livro não sai, espero que leiam os meus posts.

Ma’a salama!

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