Indagam como vai o coração
Mas ali não cabe só um não
Tentam ver mágoa ou ressentimento
Nada encontram em qualquer batimento
Insistindo na crença errada
A vida se mantém retardada
Ao vislumbrar a carne crua da ciência
Gritam que sua alma perdeu a decência
O motor que controla a velocidade
Trabalha sim o olhar na qualidade
No entanto nunca soube que é observado
Intencionalmente põem mentiras ao lado
Com esperança do peso preencher o vazio
Travando, sufocando e condenando ao frio
Eis que um dia vem o aperto
Calcula mirando o acerto
E sem aviso põe pra fora
Não olha pra trás nem chora
Continua com sua pressão
Aqui não cabe só um não
Rogando sorrisos e o que é sincero
Se vê diante de batalha ou duelo
Ainda que embelezando em elaborada poesia
Tais engrandecimentos se perdem um dia